“É perigoso fazer ver demais ao homem quanto ele é igual aos animais, sem lhe mostrar a sua grandeza. É também perigoso faze-lhe ver demais a sua grandeza sem lhe mostrar sua baixeza. Mas o mais perigoso de tudo é deixá-lo na ignorância de uma e outra coisa.Blaise Pascal (1623-1662),

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dilma avalia se tira Jobim do Ministério da Defesa

Dilma avalia se tira Jobim do Ministério da Defesa
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff vai avaliar ao longo da manhã desta quinta-feira, 4, se mantém ou não Nelson Jobim no cargo de ministro da Defesa. Em uma entrevista à revista Piauí, Jobim chama o governo Dilma de 'atrapalhado', diz que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, é 'fraquinha', e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, 'não conhece Brasília'. Se a presidente decidir mesmo antecipar a demissão de Jobim, um dos nomes cotados é o do atual ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.
Por conta de outras declarações, Jobim já estava na lista dos auxiliares de Dilma que ela deve tirar do governo na primeira reforma ministerial, no final deste ano ou no início de 2012. Agora, com a entrevista à revista, que chega nesta sexta-feira, 5, às bancas e tem o conteúdo editado no estadão.com.br, a presidente pode decidir pela demissão imediata de Jobim, desistindo da ideia de não mexer no governo enquanto não assentar a poeira da base aliada levantada pela crise política no Ministério dos Transportes, Dnit e Valec.
O ministro viajou na noite desta quarta-feira, 3, para São Gabriel da Cachoeira (AM). Nesta manhã, ele partiu para Tabatinga (AM), onde, ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, assina um plano de vigilância de fronteiras entre Brasil e Colômbia. Pela agenda oficial, Jobim deixa a base do Cachimbo (AM) às 20h30, devendo chegar a Brasília no final do dia.
Em recente entrevista concedida ao programa 'Poder e Política', da Folha de S. Paulo e UOL, Jobim criou incomodo no Planalto ao fazer questão de revelar que, nas eleições do ano passado, votou no candidato tucano José Serra, o adversário da candidata vencedora, Dilma Rousseff.
Por conta dessas declarações, houve pressão política para demitir o ministro, mas Dilma preferiu evitar a crise e, como apurou o Estado na manhã desta quinta-feira, a intenção era, ao menos, esperar que Jobim tocasse até ao fim o projeto de aprovação, no Congresso, da criação da Comissão da Verdade - um projeto para o qual a presidente da República, até por ser ex-presa política, que foi torturada no regime militar (1964-1985), pediu empenho especial. A comissão vai tomar depoimentos que ajudem a esclarecer as condições de repressão no período e, principalmente, ajudem a chegar ao paradeiro de corpos de presos políticos que desapareceram em meio à repressão e até hoje não foram localizadas (caso da guerrilha do Araguaia, nos anos 70).
Nessa quarta, Jobim teve uma audiência com a presidente Dilma, na qual, segudo apurou o Estado, ele a informou sobre o conteúdo da entrevista à Piauí, inclusive sobre as críticas feitas a colegas do ministério. Dilma escolheu pessoalmente as ministras Ideli e Gleisi, depois da queda de Antonio Palocci do comando da Casa Civil, no início de junho.
A informação no bastidor do Planalto é que Jobim teria amenizado as críticas aos colegas e dito que a revista contextualizou as declarações de um jeito em que as palavras ganharam uma força especial. A repercussão política e as avaliações e reclamações dos ministros criticados vão decidir o destino de Jobim. Ele não era a opção de Dilma para a Defesa, mas, na formação do ministério, depois de eleita, a presidente acabou por ficar com ele a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

RICARDO TEIXEIRA E REDE GLOBO E RECORD



Brasileiro é acusado de receber propina e devolver logo depois, por meio de um acordo.
Gazeta Press
O homem mais poderoso do futebol brasileiro continua sob a mira da imprensa internacional. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, agora é tema de um documentário da BBC de Londres, que afirma que o cartola teria recebido propina e feito um acordo para devolver o dinheiro recebido. Um corajoso jornalista da rede agora investiga todo o "jogo sujo" do futebol mundial.

Esta semana, a Fifa impediu a divulgação de um documento que revela a identidade de dois dirigentes da entidade que foram forçados a devolver dinheiro de propinas em um acordo para encerrar uma investigação criminal na Suíça, em 2010.

A reportagem do programa de televisão Panorama, da emissora inglesa, apurou que um dos dois dirigentes é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira - que integra também o Comitê Executivo da Fifa.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, que tentará ser reeleito para o cargo no próximo dia 1º de junho, declarou recentemente a adoção de uma política de "tolerância zero" para casos de corrupção.

Tanto Ricardo Teixeira como João Havelange se recusaram a responder às perguntas feitas pela BBC. A Fifa também se recusou a comentar alegações específicas e se limitou a reafirmar que, em relação ao acordo com a promotoria suíça, o caso está encerrado.

Dias antes, Teixeira anunciou que processaria o ex-presidente da Federação Inglesa de Futebol David Triesman - o primeiro a acusá-lo publicamente de pedir propina para votar na Inglaterra como sede da Copa de 2018.

FONTE: http://esportes.r7.com/futebol/noticias/documentario-denuncia-ricardo-teixeira-por-corrupcao-20110526.html